Conexão UniRitter, com Caco Barcellos, promoveu uma noite histórica para a Faculdade de Comunicação Social
 

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Conexão UniRitter, com Caco Barcellos, promoveu uma noite histórica para a Faculdade de Comunicação Social

3 / Abril / 2019

Um dos jornalistas mais respeitados do País conversou com os alunos e convidados sobre os bastidores da notícia.

A Faculdade de Comunicação Social da UniRitter viveu, na noite de sexta-feira (29/03), o seu momento mais marcante em sete anos de existência. Um dos jornalistas mais renomados do País, reconhecido pela atuação na defesa dos Direitos Humanos e na denúncia da desigualdade social, Caco Barcellos falou para um auditório lotado no campus Zona Sul. Quarta edição do Conexão UniRitter, o evento, promovido pela Faculdade de Comunicação Social (FACS), teve como tema “Os bastidores da notícia”.
Durante quase duas horas, alunos, professores, técnicos administrativos e egressos da FACS ouviram, com atenção, cada palavra de Caco, que veio a Porto Alegre atendendo um convite feito por Andreza Ferraz, aluna do sétimo semestre de Jornalismo, e foi recepcionado, na UniRitter, pela presidente, Alessandra Chemello; pelo reitor da instituição, Germano Schwartz; pelos coordenadores da faculdade, Geferson Barths, Marcelo Tavares e Mariana Oselame; e pelos docentes de Comunicação. Receptivo, após a palestra, mesmo cansado, Caco ainda atendeu uma fila imensa de alunos que queriam um autógrafo em um de seus livros.
Com mais de 40 anos de carreira, Caco, desde seus primeiros passos na profissão, nunca se afastou da reportagem de rua. Atuou por dez anos no jornalismo impresso, passando pelas redações dos principais jornais brasileiros e pelas revistas IstoÉ e Veja. Na televisão, se especializou na produção de grandes reportagens investigativas para os programas Globo Repórter, Fantástico e Jornal Nacional. Desde 2006, lidera jovens jornalistas no programa Profissão Repórter. Lá, como gosta de dizer, está sempre em busca “dos desafios da reportagem”.
Durante a palestra, Barcellos explicou os três pilares que sustentam o programa há mais de uma década: o conhecimento acadêmico, a “rua”, e a reflexão. Para realizar as matérias, os repórteres, inicialmente, buscam dados e informações sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Após a apuração, a equipe vai para a rua procurar casos concretos que reflitam o problema. Por último, vem o objetivo do programa: impactar o público mostrando a desigualdade social, procurando ir aonde a imprensa tradicional não vai. “A principal pergunta que devemos nos fazer, para produzir um jornalismo de qualidade, hoje, é: por quê?”, afirmou, referindo-se à prática da reportagem diante dos problemas sociais brasileiros.
Andreza Ferraz, estudante de Jornalismo – que, no ano passado, acompanhou a produção do Profissão Repórter, em São Paulo – foi a responsável pela presença de Caco Barcellos na UniRitter. “A Andreza esteve com a gente e todo mundo se encantou por ela na redação. Eu não tinha como não atender esse convite”, disse Caco durante a palestra. “Parece que ainda não caiu a ficha que aquilo aconteceu”, conta Andreza. “Foi um momento muito especial para o nosso curso e para a instituição. Quando o relógio marcou 21h30, eu olhei para o fundo do auditório e vi a plateia lotada… pensei: que loucura, que coisa linda! Por várias vezes segurei as lágrimas”, revela. “Cada minuto com o Caco é muito especial. Ter a amizade de um ídolo é surreal, inexplicável”, completa a estudante do sétimo semestre.
Para a professora e coordenadora do curso de Jornalismo da UniRitter, Mariana Oselame, o evento foi transformador. “Foi uma noite linda, histórica, épica, com a presença do maior jornalista brasileiro hoje em atividade, falando de igual para igual com a gente e nos dando uma lição de jornalismo, de vida e de humanidade”, disse. “Caco mostrou tudo aquilo que ele faz na TV de um jeito muito claro, objetivo, simples e humano. Por várias vezes nos colocou diante de uma realidade que vemos todos os dias – inclusive na UniRitter – de pessoas que lutam muito para que a desigualdade social no Brasil seja menor e que com o tempo seja superada”, destacou a professora.

AGÊNCIA INQ

Texto | Carolina Cesa, Josh Bitencourt e Vinícius Brum

Fotos | Liliane Pappen